terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Calculando

Um quarto
só está cheio
se estivermos lá!
Se não é só meio
(lhe falta recheio)
nos sobra esperar...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sem querer

Vivo o que vem,
faço o que posso...
(penso que vivo)

venho fazendo
o que penso
que quero
(penso que sei
o que quero fazer)

faço o que vem
ser o que
quero viver
(vivo pensando
que posso viver
fazendo o que penso
que posso querer)

penso que quero
viver o que penso

(mas quero viver
sem pensar).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A vagarosa e o caminhante

É que quando eu vagueio
sozinha que dói de dor
meu bem, eu me parto ao meio
se me lembro do nosso amor.

Daí,
que eu busco um pouco de nós...
Caí de saudade
quando ouvi sua voz.

Meu amor, meu amado
meu amante,
meu pavor é ser passado
numa foto em sua estante.

É que quando eu vagava
encontrei seu olhar,
que por si me explicava
onde eu ia ficar.

Daí,
que é ruim tanto te conhecer
já vi que já sei
o que você vai dizer...

"Meu amor, minha amada
minha amante,
meu pavor é ser estrada,
eu sou mesmo é caminhante..."

É que quando eu vagueio
sozinha que dói de dor
meu bem, eu me parto ao meio
se me lembro do nosso amor.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Presente do meu mais novo primo poeta!

Sensibilidade e elegância
no encaracolar dos cabelos
de um florido vestir
do seu ser
Amanda!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escarro

A emoção
é animal
o tesão
é carnal
o grito
é burro
o perdão
sussurro
o mundo
é seu
o mundo
é meu
o ser
é pleno
o corpo
terreno
o amor
é isso
o ódio
aquilo
eu
não sou eu
você
não é meu
a vida
sei lá!

Renato

Quanto mais amo
mais vejo o pouco
que sabia sobre o amor.

Por isso não canso
de sobre o amor
sobretudo
falar.

Como o sol,
que pinta o céu
cada dia de uma cor,

Cada poema
tem seu amor.

Amo

Amor
amor.
Ódio
não amor.
Amo
amo.
Odeio
não amar.
Às vezes
odeio te amar.
Sempre amo
não te odiar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

De ex-encanto

O desencanto
goteja pranto
em todo canto
e em meu cantar.

O que eu canto
é dor de tanto
ódio e espanto
a decantar.

Você, no entanto
atrás do manto
de quem é Santo
me diz amar.

Mas seja franco
ou te espanco
com o meu canto
que é chorar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Homens que falam de flores

Enquanto deixa de ir
e as estrelas se jogam
enquanto deixa de ouvir
os que também choram
enquanto se tranca no breu
e não crê no escuro
enquanto entre este Eu e meu
ficar neste muro
enquanto pensar que não há
além além dessas dores...

Enquanto assim não saberá
que há
há homens que falam de flores!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A voz da Liberdade

Mal querer-te foi doído
foi um grito
descontido

Perdoar-me
trabalhoso,
meu orgulho
é teimoso

Transformar-te
em ser amado
pura arte
puro brado!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Arlucinógico

Enquanto ar
arma meu peito
num respirar
ar rarefeito...
 - Em quantos ares
há tal feito
de fazer ver
que o verde dança?!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Meandrar


A gente sofre
de saudade
e se demora
a gente volta
e se demora
pra se deixar.

A gente chora
na partida
e não duvida
desta vida
que demora
a se explicar.

A gente sofre
a gente chora
a gente ama
e acredita
que uma hora
a nossa pele
há de se atar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Com julgar

O rato
rói
o recôndito
do réu!

Eu
travo a língua
quando acordo
roída
e condenada.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Insana

Assumir assim?
Só sendo sã!
Sim, sou sua
e assim seja
sem cessar!
Se eu assumir
hei de sumir
do seu esboço
de amar.

Se eu assumir
que...
- Sim, sou sã!
serei só isso
e não seu par!

Sendo assim,
só sendo louca
pra assumir este lugar!

Paixão fantasma

Quando acordo,
no espelho
te dou bom dia,
faço café
e você elogia,
tiro o pijama
você me deseja
e escolhe minha roupa,
no espelho
do elevador
você me ama
e me beija,
quando eu sorrio ao sol
você admira
e se entrega
me fitando
quando morde os lábios,
arrumo o cabelo
como você gosta
e você me acha linda,
agradeço a comida
e lhe desejo o bem,
lavo a louça
ouvindo você cantar,
cuido das flores
enquanto você se apaixona
mais uma vez
por mim.
E é você
meu sabonete
meu travesseiro
meu edredom
meu sonho
meu nunca
e meu sempre
meu longe
e meu dentro
meu passado
e futuro
minha busca
do agora.


É seu
o inexplicável
olhar imaginário
que me atormenta
me fazendo ser sua
o tempo todo!

É você
quem me olha
o dia inteiro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Estela do mar

Sorriso tatuado
tatuagem do Picasso
mãos na Terra
terra nas unhas
janela aberta
e sem fechadura
bicho solto
bicho-grilo
mochileira
ela é brasileira
mas não ama por um puto
faz poema
e também sexo
a Estela é côncavo
mas sabe ser convexo
sem superego
com sinceridade
a Estela é criança
em qualquer idade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Destino

Tanto faz
já está tudo feito.

domingo, 8 de agosto de 2010

Meu melhor que amigo

Eu posso dizer que tenho um amigo
que quando eu nasci me fez poesia
Quando tive medo, ele dormiu comigo
me pos em seu peito, e no meu, harmonia

Ele é meu exemplo, de sim e de não
ninguém neste mundo o substitui
Ele é meu templo, meu erro e perdão
amém oriundo de amor que flui

Me ensinou o valor de se doar
e o quanto é bom não guradar mágoas
Que o que cura a dor é perdoar
e que isso é um dom, fonte da mais pura água

Me mostrou o belo, a natureza
me criou em berço cheio de verdade
Nós temos um elo da mais sutil pureza
sem fim nem começo, pra eternidade

É um homem feito de muito menino
É quem me apóia em qualquer decisão
com tanto respeito e amor divino...
Ele é a clarabóia da minha escuridão

Eu posso dizer que tenho um amigo
que com sua mão segura a minha quando eu grito ai
Eu posso dizer que tenho um amigo...
Uma alma vizinha, que chamo de pai.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O pulsar

Quando a flor se abre
rosa
choque

Quando o cão olhando
chora
toque

Quando a água fria
molha
vital

Quando o coração
olha
sem mal

Quando eu silencio
mente
quieta

Quando sou fluído
quente
aberta

Quando passa a dor
nunca
doída

Quando o perdão
acha
a saída

Quando chegam nuves
brancas
pretas

Quando falo em paz
tantas
letras

sábado, 31 de julho de 2010

Porosa

Nada me pertence
nem o nada.

O vão invisível
e infinito
que há entre minhas células
me torna impermeável.

De tudo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Apatia

Ah... que estranho
está este meu coração.

Tão sem voz
de querer
nem praguejar.

Tão mania de aceitar
assistindo calado
sua chegada
e sua partida
sem sequer se partir.

Se é tamanha a indefesa
perante o destino,
sofrimento é natureza
de quem não vê o Divino.

Então,
a dor não me dói mais.

Meu coração continua
batendo calado
mas pelo menos em paz.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Enquanto isso

Vamos vivendo
e nos vendo
quando pudermos
e sorrindo
quando nos vermos
e nos amando
enquando vivermos.

domingo, 4 de julho de 2010

Para sempre. Como sempre.

A partir de hoje eu te amo pra sempre. Como sempre! A partir de hoje, não te quero pra mim. Quero sim! Eu não quero mais nada. Eu to cansada. To ferida. To passada. Minhas folhas estão secando. E eu to fraca! E só sei que te amo! E to forte. To úmida. Animada. Vejo flores em tudo. Eu só quero nós! Me desculpa. Pelo que não calo. Eu te amo. Te desejo. Me disfaço! Tá difícil. Te largar. Eu não quero! Eu te amo! Eu te quero! E não creio, que seja o fim. Nem quero! Eu te amo. Isso basta. Não é tudo. Mas basta. Pra tudo. Casa comigo? Eu te amo! Pra sempre! Como sempre! Tenho o mundo. Mas não quero. Este mundo. Sem você.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Paz e só

Pra quê tanto sofrer?
guarde o pranto
e o querer
já que o tempo
é agora
e não volta jamais.

Chega de lamento,
se os olhos não choram
por não restar mais lágrimas,
é hora de sorrir!

Dói!
dói sim,
dói mesmo,
dói muito!
(mas quem pensa padece
você deve sentir, apenas.)

Sentir o que lhe faz bem...
o mar, o vento, as flores, as cores
o sol, o amigo, o sobrinho, a música
o novo, o povo, o tudo e o nada,
o silêncio,
Deus!
Ninguém corre junto com você,
só Ele!

A felicidade?
Não é deste mundo...
Busque a sua paz!

domingo, 13 de junho de 2010

Voltando pra lugar nenhum

Volta e meia
volto à ti
meia volta
volto à mim
volto meia
desta volta
que não chega
nunca ao fim.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eita vida!

Sei lá
a vida tá
como tá
e tá que tá
e eu sei
lá que tá
ou sei lá
a vida tá
como qué tá!

Saí de lá
prá vim pra cá
a vida tá
no cá e acolá
mas eu sei lá
o que ela qué
se qué assim
ou se não qué
acho que sim
a vida enfim
é o que quizé!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Livre. Leve. Solto.

To te amando livre
um amor leve
de peito solto.

To Amanda leve
de amor solto
com peito livre.

To deixando solto
este amor livre
de peito leve.

terça-feira, 4 de maio de 2010

observa dor

não tem rede
pra jogar
nem tem fome
pra matar

não tem vento
que carregue
nem tem vela
que navegue

não tem marujo
pra dizer
não tem
não teve
nem vai ter

não tem que nadar
se não tem nada

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Confissão subliminar

Quando acordei naquela manhã
pude tanto compreender!
Tu pediste para eu voltar
meu amor,
e foi muito além das palavras.
Eu, um fluído luminoso
tu, um abismo a me olhar
plantaste no meu peito esta agonia
de saber que é só abrir os olhos
pro pecado germinar.
Teu orgulho te cala
e o meu
me amarra as pernas.

Mang'amour

Tem gente que não come manga
pra não ficar com fiapos nos dentes...
Eu chupo até o caroço!

Quer dizer...

Tem gente que pensa,

Eu...
Amo!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pó e nanquim

Entristeci!
Tão triste assim
você sem mim...
Que triste fim!

Em trsite si
estou enfim
Tão sem carmim
tão pó e nanquim...

Ai de ti sem mim!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ressaca

Tenho menos de vinte e cinco,
e ouço um mundo ensaiando minha chegada.
Olhares fitando minha boca
esperando um sorriso imaturo
de quem é sonhador.
Milhares de músicas tentando me cantar
me seduzir
me tirando pra dançar.
Infinitos copos
malditos corpos
todos me chamando pra gozar.
O gozo vazio da juventude
que dura só uma madrugada
e todo o resto
é ressaca.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Incondição

Amo-o agora

e sempre

Amo o agora

e o de repente

Amo todo agora

que é diferente

Amo a demora

maltratando a gente

Amo o que ignora

pra não dizer o que sente

Amo vida a fora

se te tenho na mente

Amo quando chora

por me ver tão contente

Amo porque ora

pelo amor que é latente.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Queda livre

Tantas vezes me pego rindo
da liberdade desenfreada
dos sentimentos que voam
dentro de mim,
feito pássaro que entra na sala:

Surgem voando cheios de si
até encontrar paredes de tijolos
aí, debatem-se
apavorando a dona da casa
que, mesmo querendo domesticar o voador
só se alivia ao vê-lo de volta ao céu,
livre e liberto.

Sou uma louca inconseqüente
aos olhos dos domadores de sentimentos...
Estes, devem ter canários engaiolados
verdadeiramente loucos (e roucos!)
em seus quintais de tijolos
revestidos de carne.

E se contentam com tão pouco!
Preferem ver as cores das penas
entre rasgos de metal
e acreditam que é canto
o seu choro matinal!

Agradeço ao meu anjo condutor
por me deixar voar
na paz da liberdade de sentir o que quiser
sem engaiolar o meu próprio coração!

Sem medo de altura nem de rasantes,
acordo cantando feito canário
que meu medo não é de sofrer
meu medo é de não sentir!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Inércia

Raios primeiros
de sol
em segundos
são muitos...

Luz
bom dia
dia
dia
dia

Vento
luz
dia

Folhas no chão
carros
carteiro
padeiro
jardineiro

Bom dia
dia
já é sol
do meio dia

Pratos
largos
garfo cheiros
do vizinho

Cão que ladra
eu não durmo
raiva
sono

Mãe que liga
o dia
inteiro

Livros
cursos
idéias-água

Foi o dia
e eu
nada!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sexto sentido

Se o sentir tem algum sentido
que seja o amor!
Aquele que senti ,
o mesmo que agora sinto.
Se o amor fosse um mutante
os sentidos seriam só cinco.
Será isso papo de amante?
Ou será só vinho tinto?

domingo, 14 de março de 2010

O velho rebelde e seu pífano rústico

Dentro do ônibus
há mais de uma hora
mais de 30 graus
mais de 30 no ônibus
mais ônibus que ar.


Ninguém sorrindo
ninguém dizendo
ninguém sentindo
ninguém vivendo,
todo mundo obedecendo.


Na calçada
uma excessão.
Um velho tocando um pífano
tão rústico quanto ele,
tocava sorrisos
dizeres
emoções
e vida.

Isso sim é rebeldia!

Nós três

Na incerteza que nos cerca
a troca se faz certa
se fez,
na pura essência
da livre ausência
de saber,
agimos!
Nos ouvimos
nos seguimos...
Uma menina
um menino,
e a incerteza.

terça-feira, 9 de março de 2010

Abrindo a janela

Minha menina
que eu também sou
Sou eu mulher
que tu és também
quem vos fala!


O que lhe falta para assumir
a felicidade que és capaz de construir
a cada alvorecer?


Engole teu choro menina,
e some sorrisos
aos olhares do mundo!

É para ver-te assim
aos risos
crespos ou lisos
que o sol bate em tua janela
acompanhado de pios
mares e rios.

E é para brilhar os olhos teus
que quando abres a janela
um vento suave
balança teus cabelos
acusando a presença
da tua maior benção
a vida agora!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Atemporal

Enquanto lembro
em quanto tempo
te esqueci,
tão quanto penso
quando mesmo
e se até mesmo
te conheci.

Só mesmo o tempo
leva o pranto
que escorri,
já nem me atento
a ver se chora
ou se é feliz.

Eu lhe asseguro,
minha porta é meu sorrir.
Não há passado
nem futuro
que a impeça de se abrir.

E vou adentro
deste vácuo do sentir
meu passo é lento
mas a dor está a partir.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Aventuras em desventuras

A primeira vez foi assim
me conheci e te em mim
olhei atrás e lembrei o que vem
entendi o amor e disse amém
esqueci da dor e fui além
no além não há dor, não há porém
após a última tem a primeira também
nem tempo nem vida alcança o que é
fadas, duendes e pé de chulé
criança não morre, não vê se da pé
a chuva que chove, corre José
parar não pode, se molha mané
depois o sol seca a pele mulher
e fica bonito, se queime com fé
morena jambo da praia Bonete
a pausa é inimiga e o vento não pára nunca,
sopra os sonhos, te põe na sinuca
se não entrar tem outra bola
se o taco é torto, quebra e passa cola
nesse jogo não há perdedor,
não há raiva nem rancor
jogo o jogo da vida,
tem risos, tem choro
tem gôzo e dor
mas a vida sem emoção o que seria?
bexiga furada, arco-iris sem cor
namoro sem beijo, amar sem se expôr
olhar e não ver, querer e não ter
pensar que existe sem nunca sentir
amor de pai pra filho,
valor de um olhar com brilho
o brilho de real valor
mais que ouro, mais que tudo
brilho sem medo, sem escudo
a noite nasce em dia,
e cada dia nasce novo,
novo dia, novo amor, novo tudo
novo encontro entre velhos conhecidos
viver de novo a velha dor
sentir do povo que é a cor
nosso espelho em cada amor
nosso amor em cada um
reflexo de um desejo desenhado na areia
que se chama amor
tomou conta do meu ser.

14/02/10 01:44 Papai, Amanda e Ju

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Amor é amor

Pode me odiar agora
pode jogar minhas roupas fora
e dizer pra quem quiser
que eu não mais sua mulher.
Pode viver seus amores
todos eles
que escondem suas dores
pois esta dor é sua
só eu sei, só eu vi sua alma nua!
Pode riscar nossos discos
rasgar nossas fotos
e comprar lençóis novos.
Agora você já pode me odiar
pois agora acolho em mim mesma
o "para sempre eu vou te amar".

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Só por dizer

só pra dizer que te amo,
que te amo muito!

que te amo,
que amo!

que é muito,
e só!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Bem que Bauman avisou

Amores e tempos modernos.
De tempo em tempo acaba o espaço?
Troca o caderno!
Procura outro, com folhas novas
convidativas...
Recicle seu conto
invente novas narrativas!
Com a frieza da liberdade
de ser seu próprio autor.
A mim sobra a hedoneidade.
Se me trocou como uma roupa,
me recolho ao meu próprio amor!
E meu amor, deixe eu lhe contar...
Sou moça nova de olhar antigo
este pode até ser meu castigo,
mas eu sou para casar!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cabeça

Querida amiga,
quando te vejo chegando
um passo depois outro
sorriso talco e coração ouro,
suas mãos maternas me esclarecem...

Os olhos precisam ver dentes
e o corpo padece se a gente
não sorri à qualquer um!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cauê

Menino crescido de sonho invertido
Não tenta ter
nem quer querer
Não espera da vida a mais que só ser.

Criado na areia
a sal e sereia,
o menino é sábio
e agradece a ceia!

Batuca bonito
caleja a mão
A lua no céu,
cheia de canção.

De olhos fechados,
frente pra maré.
Entregue ao mana
de quem é só fé,

Vai levando e vive,
Vive leve e a vida leva
Leva o menino e também sua reza
O leva pro mundo com quem me reveza!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sobre boiar no mar

Me dei conta de que
tanto tempo imersa n'água
é um mecanismo inconsciente
do meu corpo.

Pra curar a secura que hoje habita meus poros
e buscar a doçura que fugiu dos meus olhos.

Imersa nessa atmosfera
úmida,
Sustentada incondicionalmente,
recebo um abraço sincero
de algo que nem sabe o quanto
me dá o que quero:
inflar meus poros de água e sal
e olhar as nuvens.
Sem pensar nem pesar os pensamentos.