segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Aventuras em desventuras

A primeira vez foi assim
me conheci e te em mim
olhei atrás e lembrei o que vem
entendi o amor e disse amém
esqueci da dor e fui além
no além não há dor, não há porém
após a última tem a primeira também
nem tempo nem vida alcança o que é
fadas, duendes e pé de chulé
criança não morre, não vê se da pé
a chuva que chove, corre José
parar não pode, se molha mané
depois o sol seca a pele mulher
e fica bonito, se queime com fé
morena jambo da praia Bonete
a pausa é inimiga e o vento não pára nunca,
sopra os sonhos, te põe na sinuca
se não entrar tem outra bola
se o taco é torto, quebra e passa cola
nesse jogo não há perdedor,
não há raiva nem rancor
jogo o jogo da vida,
tem risos, tem choro
tem gôzo e dor
mas a vida sem emoção o que seria?
bexiga furada, arco-iris sem cor
namoro sem beijo, amar sem se expôr
olhar e não ver, querer e não ter
pensar que existe sem nunca sentir
amor de pai pra filho,
valor de um olhar com brilho
o brilho de real valor
mais que ouro, mais que tudo
brilho sem medo, sem escudo
a noite nasce em dia,
e cada dia nasce novo,
novo dia, novo amor, novo tudo
novo encontro entre velhos conhecidos
viver de novo a velha dor
sentir do povo que é a cor
nosso espelho em cada amor
nosso amor em cada um
reflexo de um desejo desenhado na areia
que se chama amor
tomou conta do meu ser.

14/02/10 01:44 Papai, Amanda e Ju

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