sexta-feira, 30 de abril de 2010

Confissão subliminar

Quando acordei naquela manhã
pude tanto compreender!
Tu pediste para eu voltar
meu amor,
e foi muito além das palavras.
Eu, um fluído luminoso
tu, um abismo a me olhar
plantaste no meu peito esta agonia
de saber que é só abrir os olhos
pro pecado germinar.
Teu orgulho te cala
e o meu
me amarra as pernas.

Mang'amour

Tem gente que não come manga
pra não ficar com fiapos nos dentes...
Eu chupo até o caroço!

Quer dizer...

Tem gente que pensa,

Eu...
Amo!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pó e nanquim

Entristeci!
Tão triste assim
você sem mim...
Que triste fim!

Em trsite si
estou enfim
Tão sem carmim
tão pó e nanquim...

Ai de ti sem mim!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ressaca

Tenho menos de vinte e cinco,
e ouço um mundo ensaiando minha chegada.
Olhares fitando minha boca
esperando um sorriso imaturo
de quem é sonhador.
Milhares de músicas tentando me cantar
me seduzir
me tirando pra dançar.
Infinitos copos
malditos corpos
todos me chamando pra gozar.
O gozo vazio da juventude
que dura só uma madrugada
e todo o resto
é ressaca.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Incondição

Amo-o agora

e sempre

Amo o agora

e o de repente

Amo todo agora

que é diferente

Amo a demora

maltratando a gente

Amo o que ignora

pra não dizer o que sente

Amo vida a fora

se te tenho na mente

Amo quando chora

por me ver tão contente

Amo porque ora

pelo amor que é latente.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Queda livre

Tantas vezes me pego rindo
da liberdade desenfreada
dos sentimentos que voam
dentro de mim,
feito pássaro que entra na sala:

Surgem voando cheios de si
até encontrar paredes de tijolos
aí, debatem-se
apavorando a dona da casa
que, mesmo querendo domesticar o voador
só se alivia ao vê-lo de volta ao céu,
livre e liberto.

Sou uma louca inconseqüente
aos olhos dos domadores de sentimentos...
Estes, devem ter canários engaiolados
verdadeiramente loucos (e roucos!)
em seus quintais de tijolos
revestidos de carne.

E se contentam com tão pouco!
Preferem ver as cores das penas
entre rasgos de metal
e acreditam que é canto
o seu choro matinal!

Agradeço ao meu anjo condutor
por me deixar voar
na paz da liberdade de sentir o que quiser
sem engaiolar o meu próprio coração!

Sem medo de altura nem de rasantes,
acordo cantando feito canário
que meu medo não é de sofrer
meu medo é de não sentir!