Todas as vezes que acordo
(de uma noite longa de sono
ou de um cochilo a tarde),
sinto meu coração migrando para os pés
Vio-lentamente.
E só percebo que é pura imaginação
quando sinto ele bater forte
em sintonia com meus goles de choro!
Acho que meu choro é ácido
pois logo que alcança o estômago
volta
e pára na garganta
deixando um rastro de adrenalina pelo caminho.
Aí vem a surdez-mudez
a palidez,
é... minha nudez!
Então retomo a respiração esquecida
e abro os olhos
pra me convencer de que estou em terra firme
(mas não tão firme assim).
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Louvor
Na busca por mim
enxergo que sim:
há peito!
Que me poe em pé
reluto e enfim:
aceito.
Me armo de fé
e olho pro céu:
há vento!
Que leva a dor
(rápido por favor!)
É lento!
Recebo um conselho
do grande senhor,
o tempo:
"Estou ao seu dispor,
e quando cansares:
há leito!"
Cansada,
mas em louvor:
me deito!
enxergo que sim:
há peito!
Que me poe em pé
reluto e enfim:
aceito.
Me armo de fé
e olho pro céu:
há vento!
Que leva a dor
(rápido por favor!)
É lento!
Recebo um conselho
do grande senhor,
o tempo:
"Estou ao seu dispor,
e quando cansares:
há leito!"
Cansada,
mas em louvor:
me deito!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O travesseiro
Havia um travesseiro entre nós.
O via entre nós e um travesseiro.
Cá entre nós, havia um travesseiro!
Há vias entre nós e um travesseiro.
A vida entre nós é um travesseiro.
Havia um muro de pó,
atravessei-o
O via entre nós e um travesseiro.
Cá entre nós, havia um travesseiro!
Há vias entre nós e um travesseiro.
A vida entre nós é um travesseiro.
Havia um muro de pó,
atravessei-o
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