sábado, 31 de julho de 2010

Porosa

Nada me pertence
nem o nada.

O vão invisível
e infinito
que há entre minhas células
me torna impermeável.

De tudo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Apatia

Ah... que estranho
está este meu coração.

Tão sem voz
de querer
nem praguejar.

Tão mania de aceitar
assistindo calado
sua chegada
e sua partida
sem sequer se partir.

Se é tamanha a indefesa
perante o destino,
sofrimento é natureza
de quem não vê o Divino.

Então,
a dor não me dói mais.

Meu coração continua
batendo calado
mas pelo menos em paz.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Enquanto isso

Vamos vivendo
e nos vendo
quando pudermos
e sorrindo
quando nos vermos
e nos amando
enquando vivermos.

domingo, 4 de julho de 2010

Para sempre. Como sempre.

A partir de hoje eu te amo pra sempre. Como sempre! A partir de hoje, não te quero pra mim. Quero sim! Eu não quero mais nada. Eu to cansada. To ferida. To passada. Minhas folhas estão secando. E eu to fraca! E só sei que te amo! E to forte. To úmida. Animada. Vejo flores em tudo. Eu só quero nós! Me desculpa. Pelo que não calo. Eu te amo. Te desejo. Me disfaço! Tá difícil. Te largar. Eu não quero! Eu te amo! Eu te quero! E não creio, que seja o fim. Nem quero! Eu te amo. Isso basta. Não é tudo. Mas basta. Pra tudo. Casa comigo? Eu te amo! Pra sempre! Como sempre! Tenho o mundo. Mas não quero. Este mundo. Sem você.