Tantas vezes me pego rindo
da liberdade desenfreada
dos sentimentos que voam
dentro de mim,
feito pássaro que entra na sala:
Surgem voando cheios de si
até encontrar paredes de tijolos
aí, debatem-se
apavorando a dona da casa
que, mesmo querendo domesticar o voador
só se alivia ao vê-lo de volta ao céu,
livre e liberto.
Sou uma louca inconseqüente
aos olhos dos domadores de sentimentos...
Estes, devem ter canários engaiolados
verdadeiramente loucos (e roucos!)
em seus quintais de tijolos
revestidos de carne.
E se contentam com tão pouco!
Preferem ver as cores das penas
entre rasgos de metal
e acreditam que é canto
o seu choro matinal!
Agradeço ao meu anjo condutor
por me deixar voar
na paz da liberdade de sentir o que quiser
sem engaiolar o meu próprio coração!
Sem medo de altura nem de rasantes,
acordo cantando feito canário
que meu medo não é de sofrer
meu medo é de não sentir!
2 comentários:
fantástico
cada vez mais você alcança sua própria dicção
lindo...
!
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