sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Olhos cheios de nada

Mas quando seus olhos ficarem vazios,
não olhe nos meus, nem sequer me toque.
Congelam-me o peito olhares tão frios...
Me quebram ao meio, me deixam em choque.

Tamanha é minha dor por sua conduta
de esquecer da alma e pedir por sexo,
que fico sem cor, me sinto uma puta.
Meu olhar se apaga e vaga perplexo.

E vejo o espaço que não quero ver,
que está em seus olhos e entre os nossos...
Neste amor escasso a me oferecer,
Cortando-me a pele, a carne e os ossos.

Pra quê insistir nesse amor profano?
Não vê que entre nós há tanta pureza?
Me diga com os olhos um puro "eu te amo"
ou deixe-me só com minha tristeza.

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