quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Inevitável

Os olhos profundos,
infinitos e ignorantes a qualquer movimento
delatavam angústia
e reflexão.

Buscavam em meio a um labirinto
escuro
um feixe de luz
que troxesse alívio.

A pausa eterna
entre uma palavra e outra
trouxe lágrimas renegadas,
no lugar da saída.

A boca entreaberta
inspirava socorro,
respirava desespero.
Quente e rarefeito.

Um vazio preencheu a atmosfera.
Densa.

O Silêncio.

Maciço e afiado,
furou meus tímpanos
que suplpicavam por palavras.
Doces.

Nosso amor sangrava
em meus braços.

E tudo ,
tudo o que eu pude fazer
foi chorar.

Nenhum comentário: