sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cruel poesia

A poesia latente que em meus braços pede ajuda
grita, chora, corre, voa e me afunda
pede mais e mais de mim
do que sobrou do mim do meu eu.

Pede o máximo de liberdade que eu nunca libertei
deixe-me estar, deixe-me ser
as palavras se atropelam no caminho
que me leva a esta súplica infantil
de quem tem preguiça da perfeição,

e o leve sentir tem peso de chumbo
e a vida toda é só distração, destruição
de solo fértil

a vida é estéril e verde
é broto amargo.
injusta, madrasta.
a vida engana os poetas.

A vida é linda como a lua, é longe como a lua,
é o reflexo da lua no lago.
Os poetas: crianças aprendendo a nadar
ilariamente iludidos de poder alcançar a lua
e quando chegam no meio do lago,
a vida escorre entre os dedos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida Amandinha, mente, corpo e espírito sintonizados a uma força maior, inexplicável, que dentro de nós nos leva e guia por essas experiências, as que chamamos vida. Que surpresa encontrar tanta beleza em combinações de palavras, pobre forma que nos foi dada para expressar tanta emoção. Aqui retribuo sua visita e assim seguimos na nossa missão, juntas, verdes, quem sabe vitoriosas, nessa terra vã. Super beijo!!! Da green friend, Má :)