sexta-feira, 25 de março de 2011

Carne

No pântano escuro
me visto de sombra
e flutuo.

Devoro serpentes
com pele
órgãos
e dentes.

Gargalho ao final.

Lembrando da dignidade
de ser amada
que meu nome arrasta
pelos corredores
pântano a dentro.

Eu não mereço
eu não mereço aquele amor...

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