domingo, 15 de maio de 2011

O olhar do jornaleiro

Me apaixono por olhares
(e me entrego pelos meus),
será que já notastes
que isto já me ocorreu?

Eu, que sou quase mulher
quando passo por sua banca,
notarás quando quiser
que eu volto a ser criança.

Isso muito me fascina
desafia as leis do mundo,
pois eu volto a ser menina
em questão de um segundo...

Fico roxa, mão suada,
chega até a me dar azia...
De repente, gargalhada
quando acaba a travessia.

Remontando toda a cena
depois de por ti passar
imagino em poema
o poder do seu olhar.

Durante todo o caminho
trabalho a espontaneidade
sem pensar se tem espinho
a flor da maturidade.

Ledo engano, pretensão
um olhar me intimida
veja que contradição!
Serei eu ainda menina?
Ou será que é paixão?

Nenhum comentário: